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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Facebook

Como hoje em dia o facebook é mais dinâmico, criei uma página no face... Nádia Azimovas Psicopedagoga São Jose dos Campos... O objetivo continua sendo compartilhar informações sobre dificuldades de aprendizagem, transtornos, avaliação, materiais, cursos, etc...

Continuarei a postar algumas informações aqui.... Aliás vou tentar melhorar o número de postagens, mas para aqueles que quiserem "curtir" minha página, e consequentemente me seguir, use a página acima... Até mais...


terça-feira, 19 de agosto de 2014


A Psicopedagogia tem alcançado grandes avanços, resgatando e trabalhando as causas do não aprender e atuando sobre o sujeito em déficit, de forma lúdica, vinculando-o ao conhecimento, reeducando e propiciando o desenvolvimento de suas estruturas de pensamento....

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Psicopedagogia

Quando procurar??

Muitas pessoas ainda têm dúvidas de quando procurar um psicopedagogo e o que este profissional realmente faz...

Quando seu filho ou sua filha encontra dificuldades escolares. Ou em período de alfabetização ou no decorrer do período escolar (inclusive no ensino médio).

Dificuldades escolares significa ter dificuldade em aprender o conteúdo, dificuldade em se organizar, copiar, aprender, estudar... Muitos pais acreditam que o desempenho da criança vai melhorar.... as vezes não melhora.

É necessário investigar de onde vêm as dificuldades, investigar fatores orgânicos, sociais, escolares, psicológicos, etc. Quanto mais tempo a criança permanece nas dificuldades, maior a lacuna de defasagem que se cria para esta criança, ou seja, o nível de dificuldade só aumenta e maior é o prejuízo para a criança e/ou adolescente envolvendo ainda mais seu desempenho e autoestima.

Na maioria dos casos os pais acreditam ser preguiça ou má vontade, contudo, na maioria das vezes são barreiras que as crianças encontram e, como não sabem lidar com estas barreiras, fogem da obrigação de estudar, tarefas, trabalhos e outros.

Na dúvida, procure um psicopedagogo. Este profissional encaminhará a família para a avaliação e/ou acompanhamento adequado.

Nádia Azimovas
Psicopedagoga Clínica
ABPp 11809

Dislexia - Texto da ABD - Associação Brasileira de Dislexia


DISLEXIA EXISTE?

Sou da opinião de que devemos questionar tudo, mas também sou da opinião de que diante de fatos não há argumentos e que persistir na discussão sinaliza dificuldade para ouvir e rigor intelectual incapacitante.
Os fatos que levam à dislexia são muitos e a forma utilizada para se chegar a eles foram pesquisas científicas rigorosas e sérias, conduzidas por pesquisadores e instituições renomados de todas as partes do mundo.
Sim a dislexia está presente, é reconhecida e estudada em todo o mundo e em todas as línguas e culturas.
A seguir passo a descrever alterações neurobiológicas e funcionais encontradas nas citadas pesquisas.

-Alterações cromossômicas. Como temos várias áreas envolvidas na aprendizagem também são vários os cromossomos com alterações nos casos de dislexia. Os mais citados nos trabalhos consultados são: 1, 2, 3, 6, 7, 17 e 18, provando que a dislexia tem origem poligênica e multifatorial.
-Neurônios do tecido cerebral 20% menores em regiões relacionadas à leitura.
-Lentificação do processamento visual. Justificando a lentificação encontradas entre disléxicos ao realizar a leitura.
-Lentificação do processamento auditivo. Justificando a leitura lenta e trocas de letras, além de explicar o fato de disléxicos ao lerem terem uma tendência a adivinhar a palavra após ler somente o início dela, com a intenção de agilizar o processo.
-Ectopias, que são deslocação ou posição anômala de células no cérebro, em especial em regiões onde se espera o processamento da aprendizagem da leitura e escrita.
-Microgírias ou polimicrogírias, que são malformações em células do cérebro.
-Displasias ou desorganização de neurônios.
-Simetria hemisférica. Menor grau de lateralização. É comum entre disléxicos a lateralidade mista ou cruzada. A leitura eficiente é altamente lateralizada o que é possível observar em ressonância magnética funcional, onde se observa a utilização prioritária do hemisfério esquerdo para atividades de leitura entre leitores sem dificuldade.
-Falha ou demora na aquisição de habilidades cognitivas e ou motoras. Os disléxicos apresentam alguma demora, não considerada significativa ou preocupante pela pediatria, na aquisição da fala, do andar, ao aprender a amarrar cadarços, para recortar e pintar dentro do contorno.
-Menor ativação cerebral nas áreas visuais para processar alvos em movimento.
-Déficits do movimento sacádico e instabilidade binocular, causando visão instável e sobreposição de imagem. É comum o relato de disléxicos mencionando letras que se mexem ao tentarem ler.
-Incapacidade de isolar informações distrativas. Os disléxicos apresentam orientação e focalização da atenção prejudicadas, que são diferentes das dificuldades de atenção encontradas no quadro do TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade). No caso do disléxico a desatenção é funcional e no caso do TDAH acontece um desequilíbrio químico que pode ser corrigido através de medicação apropriada.
-Dificuldade na representação e evocação dos sons, envolvendo neste caso prejuízo da memória.
-Distribuição da atividade cerebral não habitual durante a leitura, ou seja, utilização de áreas cerebrais de forma diferente entre disléxicos e bons leitores. Entre estes há uma preferência pelo hemisfério esquerdo e entre os primeiros há uma distribuição entre os dois hemisférios e ativação de áreas menores.
-Pobre domínio tátil.
-Déficit cerebelar. O cerebelo é responsável pelo equilíbrio e coordena os movimentos comandados pelo cérebro. Explicaria em parte algumas dificuldades relatadas pelos disléxicos para a prática de esportes coletivos, como o futebol, por exemplo.
-Déficit na percepção de contraste e cor. A utilização de fundos coloridos ou letras coloridas poderiam alterar a eficiência da leitura.
-Quadros alérgicos. A testosterona está diretamente envolvida no crescimento do cérebro e o excesso deste hormônio ou a sensibilidade a ele pode causar ectopias e ação negativa sobre o sistema imunológico. Explicaria ainda o histórico de aborto entre as famílias de disléxicos.
-Déficit no sistema visual magnocelular. Este sistema é importante para a atenção visual, o controle do movimento do olho, a atenção visuespacial e visão periférica. Todas estas funções são de suma importância para a realização da leitura.
-Células do sistema magnocelular do núcleo geniculado lateral 27% menores entre disléxicos, que prejudicariam a eficiência e a velocidade do processamento visual.

Tantas são as alterações tanto neurobiológicas quanto funcionais que se torna difícil, senão impossível, negar a existência de um quadro que leva à dificuldade de leitura, escrita e compreensão da leitura. Agora se este quadro deve ser chamado de dislexia ou não podemos continuar com esta discussão, porém quanto à existência do quadro penso que não há o que se questionar.
Cabe apenas a todos nós profissionais da área da Educação e Saúde trabalharmos em favor de agilizar e facilitar o processo de aprendizagem daqueles que muito sofrem com esta questão, uma vez que este ato deveria ser prazeroso e estimulante para cada um de nós, tanto professores quanto alunos.

Maria Inez Ocanã De Luca
Psicóloga e Neuropsicóloga
Membro do CAE e CTAS - ABD (Centro de Avaliação e
encaminhamento e Centro de Triagem de Atendimento
Social da Associação Brasileira de Dislexia)
Pós-graduada em Aprendizagem com foco em saúde
Mestre em Psicologia da Saúde

Tel/Fax: (11) 3258-7568 / 3231-3296
www.dislexia.org.br

Extraído do site da ABD - Associação Brasileira de Dislexia.